tombam as horas como folhas mortas.
Por uma tarde outomnal, triste de spleen e folhas mortas:
Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste.
Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste
e as horas tombam como folhas mortas.
Porque não nasci eu lirio nobre e triste,
pétala sem perfume entre essas folhas mortas?
Um Versalhes fulgura em cada ilusão triste,
um Versalhes de outomno atapetado de folhas mortas!
Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste
e as horas tombam como folhas mortas...
Eduardo Guimaraens
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