sem pés
entre páginas
de gasta paciência
quando a música findou
e teu sorriso se desfez
como um grão de pólen.
Vens no veneno oculto
de meus dias
no silêncio
dos meus ossos
devagar
arrastando em queda
o nosso mundo.
Vens no espectro
da angústia
na escrita
inquieta
destes versos
no luto maternal
que me devolve a ti.
A escuridão desce então
sobre o meu corpo
quando o rosto da morte
adormece na almofada.
Ana Marques Gastão
4 comentários:
não conhecia... é lindo.. :)
obrigado! é realmente um belo poema:)uma bela poeta!
Estava agora no teu blog a tentar encontrar este poema que quando o li adorei e é neste mesmo poema que te mando um beijo cheio de saudades.
Para quando mais um poema...?
Sara
tb tenho saudades...
quando quiseres...
um beijo bem grande para ti***
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